divagações, digressões, meditação.
Um ser humano, conquistador de instrumentos intelectivos dentro da vasta gama de informações da rede. Veja bem, a rede é a teia da realidade quando ocorre um “furo” de reportagem. Análogo ao sistema de neurônios. Ou simplesmente o encanamento hidráulico de uma casa. O que corre na vida. O que vaga. Meramente e independente da nossa vontade. Há tempos não escrevo à mão. Mas, da mesma forma, no teclado, o ato de escrever é apenas uma digressão confusa de palavras. A angústia de não conhecer o nosce te ipsum “conhece-te a ti mesmo” socrático. A frase mais ditatorial que já ouvi. Determina que se estabeleça um juízo sobre si mesmo. Melhor seria “conhece os teus desejos” e depois vê como se chega até eles... No domingo vou tomar sol vai chover. Ouvindo Martha Argerich com orquestra. Nunca gostei de música clássica. O que me levou até ela foi a persona de cada músico. Martha é considerada uma bruxa virtuose enigmática. Nasceu na Argentina e estudou na Europa. França, Suíça sabe lá. Foi onde conheceu Nelson Freire, o “nosso” pianista virtuose. Ambos jovens estudantes freak criaram laços de amizade. Cafés e cigarros. Invejo-os por terem, verem (mesmo inconscientemente) com tanta clareza, o objetivo, o fim, o caminho que ainda traçam para alcançá-lo. Um músico desses não morre. Vira uma página da partitura.
A chuvinha complementa a música e vice-versa.
Agora, sempre agora.
É preciso povoar o pensamento.
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