Prosa das 23


ainda há vida nessa corpo
mesmo farto ainda ferido

Escrever sobre o passado é desumano. Nessa época eu morava com a Fuchs e trabalhava numa agência de publicidade. Quando minha relação acabou tive que voltar ao lar materno. Reaprender tudo que havia deixado no pretérito imperfeito. Saí de casa muito cedo. Não menos novo que meu avô paterno que veio pro Brasil com apenas quatorze anos. Achava e dizia que meu avô materno procurava o que não havia perdido, e, isso é bem factível, na acepção dialética, mas cada qual com sua lógica existencial conclui-se que ninguém é perfeito.
Nessa época recai na bobagem de recair pela segunda vez, e nem acredito que me lembro disso. Vamos esquecer esse texto.

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