Sabe Mardou,


Qualitativos nadas acontecem. Quando eu saí do hospital, parecia que o mundo girava mais rápido. Fora essas metáforas sinestésicas, o tempo do ponteiro do relógio que marca os minutos parecia mesmo gira mais rápido. Em torno dos números inteiros havia um personagem fragmentado. Parei nos segundos que faltavam. Falta ainda algum desvelo no meu corpo. Algum pedaço seu que eu deixei guardado. Dói pensar que pesa tanto lembrar que ainda amo(?) esse pedaço. Deixei guardado e guardado ficou dentro do corpo, na des-personificação do ser que logo fui naquele leito, por dentro do travesseiro plastificado. Não simsim era eu ali sozinho, cheio de nós dois, feliz e pleno, sonhando em quando veria seu rosto. em pensamento, nem sabia, que era eu mesmo virando monstro, como escrever dentro dos teus olhos. Sem poder, sem poder prever o que viria, ou não viria, ao meu encontro. Solidão, dor, saudade, desilusão, desgosto. Menos nove iguais a zero. Naquele março depois de fevereiro, jamais me esquecerei o gosto amargo. Ah, sim, naquele tempo, muitas lágrimas rolaram e ainda hoje, muitos tantos incompletos por entre e dentro. Olhar perdido, sorriso vago, medo, medo, medo. Ai solidão de merda companheira. Fez-se de amiga quem se fez amante. Fez-se do amigo próximo distante.
Fétidas fezes fenestra afora senti calar frios indeléveis , e do hipomorfo ruminante, virei mosca da bandidagem. Se for cá, ou lá, em mim, pensava nisso, melhor ter ido com o fio da forca no gogó, naquela manhã de sábado.  

Cavalo quadrilheiro! Espalhaste bosta elo mundo inteiro. So-far away from me lascivamente, fez-se da vida uma aventura errante, de repente, de janeiro ao nem me lembro até hoje. O sol se pôs pra sempre aquela noite, dentro de outra e um mil e outros descontroles. Não me digam qual de quem se abandonou primeiro. A ordem de arrancada não altera a chegada. Vim vendo que tendo vindo, quisera minhas mãos que tateiam antes de ter, esse eterno morrer na cruz dos teus braços.
Esse haver, Vinícius, imorais houveram sido. Esse querer ser príncipe senão do próprio reino. E refletir-se em olhares, sem memória e sem passado, depois de passado o futuro simples do subjuntivo. Eu deveria, eu poderia, eu teria sido.
Tudo que a preguiça das minhas pálpebras esconderam e os olhos perseguiram a cabeça no vão das relutâncias.
Se entre lás e cá, acima de tudo
essa capacidade de ternura
é o que me resta.

Esse falar baixo...
passos que se perdem...

eflúvios...
estrelas...
nadas...

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