bom meu remédio
dormi feito coruja
a efígie da filo
nada
nem apanhei roedor
soh não concluí o
curso errado
jornalismo
fiz meu mostrado em
semiótica
nas letras posso
tudo
se múltipla-mente
interpretado
rente ao ando meio
apertado
l'argent anda
escasso
sumido do meu bolso
sem cara quem
encara a multidão
o idiota medosem,
ou a multi-dela mesmo?
sem-medo idiota, e
daí se medo tem
no platô da idiotia
não há id há há
abismos
abiscoitamos ver-lo
verde olhar palavra
hei-de
nada importa
quero abrir a porta
deixar o vento
correr
no quarto há janela
de onde vejo a zona
norte
lá há há lá meu bom
há lá um aeroporto onde
pasta longe-me dor
minha saudade
dentro aqui
romântico?
qual quê
signo mal curado
a sutileza de que
se pode ver
um bom selvagem
a busca eterna pela
comunhão com o Uno
que perdi ao nascer
todos nós
você também
aquela busca
infatigável
por um eterno
descanso
a tanto
desassossego
a vida
"é" a própria vida
sem existencialismo
existe
in-des-quesefdamente-tável
nexoravel in-
só pra frente
frente
verso
inverso
avesso
interno
depende. Não, não
depende
dimensão
quero múltiplas
sem pudor
sinceramente
ventre, também
sempre um romântico
ventre faltoso
mas que isso não te
afugente
seu
meu
gôzo gins Berg Gertrude
estrela ou grão de
areia
?
gait met break and fast
caret
café
pausemos
café
cigaritos again
minha geleia geral
de amora
pão com mel também
rola
penso no Décio
recitando isso
belo nariz que
alcança os si lhos
Paulo é mas calado
parece o melhor dos
filhos
verbi-voco-visual
concreta poesia
concreta
tdo concret é
sólido
tudo que é sólido
desmancha no ar
tudo que sagrado
será profanado
temor de um
marxismo
prenuncio
profecia
propaganda
sua comunidade,
Karl, instalou desfez roubou tudo dentro, ainda que eu admita que prefiro seu marxismo
dou nós
na garganta
borbulhoso
desembrulho
remo
remo
remo
cada sol que se
levanta
desorienta e me
aprumo
esqueleto não é
vida
é uma de-composição
do que era
um Beethoven
um Mozart
um Paulinho da
viola
amar a Deus como
singular subjetivo e pessoalmente
é pensar no caos ue
tudo está em tudo
desestruturado ms
brotando e perfilando-se em maior velocidade
do que mede nossa
alma
maior docilidade e
ser, apenas
coo se cruel,
inútil e covarde
enaltecer o sofrimento
como faziam e fazem
os românticos
a tísica água fria
com os pés no balde
Para contrair essa
bizarra e poética tuberculose, doença de pensadores
mas quantos
quantos eus
existem pelo mundo
vários
milhões
de alguéns que
buscam seus objeto que completariam um agenciamento de sutilezas do cérebro chamadas
desejo.
Desejo em forma de
verbo.
ação
finais comuns
e meio
Tudo toda todo
mundo
deve seu preço
mesmo
não sabe ou mesmo
pensa
se ganha
ou paga
de fato
agradeço
por ter dedos
escrever
e estar lindo e
vivo
só não pode ir com muita sede ao pote
senão
truma um capote
monologuei
você,
continua calada
como uma gueixa
e eu tentando parar
de fumar...
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