E quando a madrugada pesa
 ouço os passos do relógio
 ponteiros em sapatilha
 de ponta
 fina e aguda espada,
 o Tempo.

 Dispo
 len  ta
 a camisola
 exponho o peito
 à ponta:
 sem mais medo,
 aceito:
 Transpassa-me,
 Tempo.

                                          Cida Valle.

Comentários

Gustavo disse…
Achei lindo, Cida.

G.
ASABREU disse…
O Tempo e a Poesia: em sapatilhas de ponta e de mão-dada.

Sublime!

Um abraço,

ASA

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