Noites Adentros, NY
T e r c e i r a & Ú l t i m a P a r t e New York – Paris, 19 de fevereiro de 2010
Última Chamada
Vieram os anjos pousar na terra.
Convidei a Linda e a Pixie para irmos à exposição do Nicolas, namorado do Lloyd, meu editor em NY. O Nick tinha a estranha mania de pintar o rosto das pessoas. Gostava de mostrar com a sua tinta, o quanto era capaz de nos exaltar ou humilhar, e nos transformar em anônimos. Pegue o cup-cake e me passe a navalha – era o título da exposição, traduzindo Take the cup-cake and pass me the razor. O Lloyd me disse, durante o vernissage, que onde eu estivesse que continuasse a escrever e me desejou boa sorte. Mandou que eu me cuidasse como se fosse meu pai e como se eu fosse um menino. Disse que jamais me esqueceria como se jamais fosse me ver, e prometeu depositar aquela grana na minha conta (eu vivia da pequena herança que recebi de meu pai). Na verdade, o Lloyd queria mesmo explorar qualquer rascunho que eu escrevesse, na primeira oportunidade. Aquela talvez fosse a última noite que passaríamos juntos, eu, a Linda e a Pixie. Sentiria falta daquele pedacinho de mim que estava deixando ali, mas ela ainda me amava. Comeríamos pizza em Little Italy e ciao, arivederti. Desculpas, era o que queria dizer para a Pixie, mas estava cansado dessa palavra. Minha vontade era voltar e pedir a Linda que a deixasse morar comigo por uns tempos, mas dessa vez eu não toquei no assunto. Essa foi a nossa despedida, não mais.
Na manhã seguinte voaria pra Paris, com intenção de recomeçar a viagem de onde eu parei. Lembro-me o exato momento em que me perdi em minha senda. E lá estava eu no aeroporto, um abraço no vazio, um beijo do vento. E os anjos desceram do céu.
>>¨<<
(c o n t i n u a...)
Última Chamada
Vieram os anjos pousar na terra.
Convidei a Linda e a Pixie para irmos à exposição do Nicolas, namorado do Lloyd, meu editor em NY. O Nick tinha a estranha mania de pintar o rosto das pessoas. Gostava de mostrar com a sua tinta, o quanto era capaz de nos exaltar ou humilhar, e nos transformar em anônimos. Pegue o cup-cake e me passe a navalha – era o título da exposição, traduzindo Take the cup-cake and pass me the razor. O Lloyd me disse, durante o vernissage, que onde eu estivesse que continuasse a escrever e me desejou boa sorte. Mandou que eu me cuidasse como se fosse meu pai e como se eu fosse um menino. Disse que jamais me esqueceria como se jamais fosse me ver, e prometeu depositar aquela grana na minha conta (eu vivia da pequena herança que recebi de meu pai). Na verdade, o Lloyd queria mesmo explorar qualquer rascunho que eu escrevesse, na primeira oportunidade. Aquela talvez fosse a última noite que passaríamos juntos, eu, a Linda e a Pixie. Sentiria falta daquele pedacinho de mim que estava deixando ali, mas ela ainda me amava. Comeríamos pizza em Little Italy e ciao, arivederti. Desculpas, era o que queria dizer para a Pixie, mas estava cansado dessa palavra. Minha vontade era voltar e pedir a Linda que a deixasse morar comigo por uns tempos, mas dessa vez eu não toquei no assunto. Essa foi a nossa despedida, não mais.
Na manhã seguinte voaria pra Paris, com intenção de recomeçar a viagem de onde eu parei. Lembro-me o exato momento em que me perdi em minha senda. E lá estava eu no aeroporto, um abraço no vazio, um beijo do vento. E os anjos desceram do céu.
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(c o n t i n u a...)
Comentários
beijo grande
Volte sempre
O justo seguiu seu curso
Ao longo do vale da morte'"
wii & É, lili.
:)
Cá voltarei.
Um abraço
Isso aqui tá mesmo um show de bola!!! Incrivel cada imagem que vi e cada palavra que li! Uma delicia ver e ler!! De quem são os desenhos e fotografias???!
Valeu por passar lá na minha página... Sua visita é sempre ótima!!! Apareça mais vezes!
bjo, sdd
volte sempre
bjinhus
Bjo
Obrigada pela visita!
Gostei mto daqui também. Voltarei!
Bjos!
Bom fim de semana Papagaio-Poeta
bjos
Na real?
Não existe linha de tempo nesses textos, mas algum nexo com certeza, se procurar encontra, olha olha.. rs
Beijos,
Gustavo
gutes Wochenende!
Küsses
>¨<
Ninah
Sejam bem-vindas. Entre e fique à vontade. Espero que gostem do meu espaço e palavras. Parabéns pelos respectivos blogues! high quality..
Beijos,
Gustavo
O Nicolas é phoda, viste? Ficamos com vontade, pouco à vontade. Ele é contemporaneo, tadinho.. Tem gente que compra, tá cheio da grana, l'argent, din-din, money! viva a arte contemporanea!
Pujilista, boxer, boxiadora de pompas bromas e conceitos, dançando no ringue!
Só você consigo mesma..
Obrigado pelos elogios, mas devodizer que o seu blogue está também muito bom. Com todas as referências que você citou sobre o meu, bom de ver, bom de ler, circular, encantado.
Você está com tudo.
Beijo,
Gustavo
bjos
eu prefiro esse gira-sol a aquela flor cor-de-rosa
lembra-me uma caverna fria um túnel sem fim sem luz
beijos,
Gustavo
ps: quero responder com calma seu primeiro comentário.
essa fotografia que escolheste pertence a uma artista portuguesa a Helena Almeida, que por acaso é uma das minhas artistas plásticas preferidas
:)
Beijo