Seulement à donner
O véu que encobre nossos pensamentos. Sabe como quando você procura uma coisa e não percebe que ela está na sua mão. Apenas uma voz, apenas palavras. Apenas um desafio de deduções pairando no ar, um vazio. Como as águas turvas do rio, feito o silêncio da madrugada coração batendo, lágrima se expondo vento soprando. As pessoas não se aproximam não se comunicam não se permitem porque a desgraça humana já se instaurou, e a miséria psicológica. A cabeça despedaçada, as emoções em frangalhos e uma gigantesca colcha de retalhos. Cada pedaço conta uma história, que só eu sei. É humilhante comparado a muita dor e muita dor que não há como comparar. Cada pedaço foi bordado sem ritual sem concessão sem benção de padre ou pastor alemão. Em nosso castelo, as ilusões que o camburão levou algemado, que o gato comeu a cabeça do passarinho. Momentos roubados em que eu mesmo fui o ladrão de cada entardecer. Como não consigo, deixei de tentar ser humano. O ser humano deixou de tentar ser amado, no ciclo da frustração. Sentimentos imensuráveis, à contradição inexaurível. Conheci uma menina incrível, amável, mas como é possível? Como é possível que nem possa ver através dessa tela? Como é possível que a micronização do tempo tenha assombrado tanto nossa cabeça que nada entra apenas pelos ouvidos porque tudo está poluído, tudo é substituível, tudo é revestido de tabu e erotismo, tudo é subvertido e descartável.
Comentários
Bjos
Romeo
bjo
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bjo da menina dos rabiscos.
Beijo.