eterno retorno é o cachorro correndo atrás do rabo


Paixão da minha existência atribulada

Estou numa fase estranha da minha vida. Sou incapaz de valorar, contudo sigo.
Impossível escapar de si mesmo. Libertar-se de uma escravidão mental, sim.
Apenas deixo-me escoar, como o sol quando se cala no horizonte.
Amanheço e anoiteço a cada dia. Dimanar como a natureza me faz. Nem triste nem feliz.
Sou apenas. Corpo e alma. Pensamento que se materializa.
Sol colore meu corpo. Vento desliza. Sobra subtrai.
Subo como fogo. Desço como água.
Tenho mais medo de nada.
Prevejo emboscada.
Insídias do amor ainda maravilham a perfect song.
 Ver a existência apanhando milho e campeando ouro minutinho me distrai.
Assim (como diz a Manú “viver distrai”) hão de se passar mais trinta e cinco anos. Grão a grão, bago a bago de feijão.
Dá-me o gosto de ver as montanhas, as águas e os vales. Hoje recebi um elogio.
Deixo-me perder nos braços do meu orixá.
Sarava!

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