mani pulando fogo
Já não temo mais o fogo da solidão. Tenho o que ter é não ter. Pequenos feitiços ao alcance da mão.
Subi com presteza e agilidade incríveis. Quem quiser que me acompanhe. E desça
a luz do plenilúnio. Que meça a fartura do esquecimento, que desfaleça nas
brasas do entardecer. Que faça uma fábula de olvidar, enterrando mandinga de perder.
Avistam as horas que já eram. Passado gris avermelhado. Os tons quentes que
embarcam. As lágrimas vis quando escurece. Passei, e deslembrei de ver.
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