Olho eu aqui de
novo. Estou vivo. Sou grato ao meu Deus que aperfeiçoa a ação do tempo. Sei com
toda certeza que o tempo não existe. Esse triste contagem das horas, dos
segundos e minutos. Essa marcação dos meses, dias e séculos. É diminuto prazer
humano. Pequenino, imperceptível. Inaudível aos ouvidos divinos... Insignificante
ao cósmico silêncio. Insignificante ao cósmico
fluxo. Anos luz distante do ponteiro que marca os segundos.
Ínfima fração que nada influi no ciclo da vida.
Não decompõe o crescimento fractal da concha.
Não acidenta o elíptico giro da Terra.
Não transforma, não modifica, não altera.
O sol, contudo se ergue todas as manhãs e se esconde ao fim da tarde. Invariavelmente a noite vem. Atravessamos as horas da madrugada. Silenciosa, calada, até o fim. Até o início de mais uma aurora.
As horas do fim são as mesmas do começo, embora em diferentes episódios.
Ambição humana querer controlar o Tempo.
O tempo morreu faz tempo. Vive enquanto signo, como mera figura de linguagem.
Novas tecnologias proporcionam a troca de informações em tempo “real” entre dois pontos equidistantes. Ligando o Polo sul ao Polo Norte, o Japão ao Brasil.
Futuro, passado, presente ocorrem simultaneamente, profere a física quântica.
Porém, falar sobre as coisas que não permanecem parece uma lição budista sobre a Nobre Verdade.
Independente da Revolução Industrial, primeira a determinar horários que deveriam reabastecer os maquina-homens, ou, homem-maquinal. Criando a “hora do almoço” etc. e tal, mas incapaz de definir a hora da morte, enquanto tantos se autoexterminaram por causa da repetição excruciante.
Independente de o iluminismo renascentista ter abolido Deus do centro do universo, e ter decapitado seus reis e etc.
A câmera escura já era investigada e lá nascia o principio da fotografia. Independente do advento do sulfato de prata, em branco e preto e/ou das câmeras digitais e armazenam a luz por preenchimento. Independente dos mil tons geniais que repousam no entardecer. Independente de o cinema ser alma ou objeto, registro da imagem em movimento. Perdemos muitos objetos energéticos, no decorrer da vida, que os olhos não são capazes de gravar.
Ínfima fração que nada influi no ciclo da vida.
Não decompõe o crescimento fractal da concha.
Não acidenta o elíptico giro da Terra.
Não transforma, não modifica, não altera.
O sol, contudo se ergue todas as manhãs e se esconde ao fim da tarde. Invariavelmente a noite vem. Atravessamos as horas da madrugada. Silenciosa, calada, até o fim. Até o início de mais uma aurora.
As horas do fim são as mesmas do começo, embora em diferentes episódios.
Ambição humana querer controlar o Tempo.
O tempo morreu faz tempo. Vive enquanto signo, como mera figura de linguagem.
Novas tecnologias proporcionam a troca de informações em tempo “real” entre dois pontos equidistantes. Ligando o Polo sul ao Polo Norte, o Japão ao Brasil.
Futuro, passado, presente ocorrem simultaneamente, profere a física quântica.
Porém, falar sobre as coisas que não permanecem parece uma lição budista sobre a Nobre Verdade.
Independente da Revolução Industrial, primeira a determinar horários que deveriam reabastecer os maquina-homens, ou, homem-maquinal. Criando a “hora do almoço” etc. e tal, mas incapaz de definir a hora da morte, enquanto tantos se autoexterminaram por causa da repetição excruciante.
Independente de o iluminismo renascentista ter abolido Deus do centro do universo, e ter decapitado seus reis e etc.
A câmera escura já era investigada e lá nascia o principio da fotografia. Independente do advento do sulfato de prata, em branco e preto e/ou das câmeras digitais e armazenam a luz por preenchimento. Independente dos mil tons geniais que repousam no entardecer. Independente de o cinema ser alma ou objeto, registro da imagem em movimento. Perdemos muitos objetos energéticos, no decorrer da vida, que os olhos não são capazes de gravar.
Escrevo porque anseio preterir a morte.
Escrevo porque é sublime diálogo com Deus.
Escrevo porque igualmente ambiciono ser eterno.
Escrevo porque desejo atribuir sentido a vida.
Escrevo de dentro para fora, embora o deslumbramento venha de fora pra dentro.
Escrevo porque o ato responsável de escrever e ler se justifica porque temos falado demais, e na oralidade as palavras circulam depressa demais, sentimo-nos fora de nós mesmos, nossas palavras nos atacam. Dizemos as palavras e as perdemos. A leitura e a escrita são meios de deter o tempo crônico, veloz, que nos arrasta. No ler e no escrever podemos sentir as palavras de uma forma diferente, mudamos nossas relações com as palavras, para que alguma coisa seja tirada do silêncio.
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