ser? sim. Com chá de jasmim
Dentro de mim e a qualquer hora.
Quero dizer tanta coisa que guardo no peito, ou na cachola, melhor dizendo. Quero tanto quanto ando sufocado pelas horas faceiras do dia ou pelas horas mudas da madrugada, tanto que acabo não dizendo. Exultantes tiranias que adornam a existência, sem que o bicho saiba. O tempo é totalitário. Total na sua medida, irrestrito e absoluto.
A cabeça é uma coisa bizarra, uma das qualidades do belo, enquanto objeto de arte. Arrisco descobrir a relação da cabeça com o resto do corpo, enquanto ser pensante. Tento imaginar a cabeça como objeto, congelada e morta dentro de um vidro. Assim como se aventurou fazer consigo mesmo o poeta Thimoty Leary. Como seria se fossemos todos congelados dessa forma?
Queremos deixar registro de nossa estadia na crosta desse planeta. Deste modo o ser humano, animal autobiográfico que somos, tenta enganar o tempo, tendo filhos. Do mesmo modo, os próprios filhos morrerão, devagar, sem pressa, lentamente, tal como inevitavelmente nossos ancestrais morreram. Aqueles que nos precederam na comoção da vida e nos beijou a alma com ternura, geneticamente dizendo. Deixa agora em nossos corpos nômades a chance de viver no espaço-tempo, limitado e irredutível, onde plantaram a semente do infindável. Revide, resposta, contragolpe na fuça da face da eternidade, e também o único que podemos, na melhor das hipóteses, o único a que temos direito.
Filhos? Dizem que é a melhor coisa do mundo. Eu não me sinto a melhor coisa do mundo, em vista de tanto aborrecimento, sofrido e gerado, tanto faz, não importa o sentido da burrice ou, a origem do absurdo enquanto ato. Embora pareça estranho, a existência age sobre si, de fato, causa e consequência de si mesma. Próprio da dicotomia entre certo e errado, pesa sobre nos a ação de sermos.
Simplesmente.
Se um dia formos seremos. Se um dia fomos, certa noite, ou certa madrugada esquecida, também seremos algo fatalmente.
Diferente para cada vivente, a morte, o fim, o derradeiro suspiro chega pra todos. Anunciado, lento, ou fulminante. Silencioso e manso, adquirido, proporcionado ou tomado emprestado, casual ou harmônico. Morre-se como se vive. Um signo genuíno desde a noite dos séculos.
O único signo que não tem significante. Apenas atribuímos sentido a ela. Eu, ser vivente que escrevo, e você que agora está lendo, não temos a menor noção de como é a vida de um morto. Sequer sabemos como é, de fato, derradeiro momento do desenlace. Próximo instante da vida de todos. Que tanto tememos e tentamos adiar, uns mais outros menos.
Mas por que falar tanto sobre “morte”? Pois a única certeza que temos inexplicavelmente é o que nos faz viver.
Não quero conviver com esse medo. Quero viver. Quero viver. Um corpo sobre uma cabeça.
Não faço questão de apressar seu beijo.
Vitrifico meus sonhos que se gaseificados se volatizam com os primeiros raios do sol.
Quero dar minha polegada de contribuição.
centímetro a centímetro...
Quero dizer tanta coisa que guardo no peito, ou na cachola, melhor dizendo. Quero tanto quanto ando sufocado pelas horas faceiras do dia ou pelas horas mudas da madrugada, tanto que acabo não dizendo. Exultantes tiranias que adornam a existência, sem que o bicho saiba. O tempo é totalitário. Total na sua medida, irrestrito e absoluto.
A cabeça é uma coisa bizarra, uma das qualidades do belo, enquanto objeto de arte. Arrisco descobrir a relação da cabeça com o resto do corpo, enquanto ser pensante. Tento imaginar a cabeça como objeto, congelada e morta dentro de um vidro. Assim como se aventurou fazer consigo mesmo o poeta Thimoty Leary. Como seria se fossemos todos congelados dessa forma?
Queremos deixar registro de nossa estadia na crosta desse planeta. Deste modo o ser humano, animal autobiográfico que somos, tenta enganar o tempo, tendo filhos. Do mesmo modo, os próprios filhos morrerão, devagar, sem pressa, lentamente, tal como inevitavelmente nossos ancestrais morreram. Aqueles que nos precederam na comoção da vida e nos beijou a alma com ternura, geneticamente dizendo. Deixa agora em nossos corpos nômades a chance de viver no espaço-tempo, limitado e irredutível, onde plantaram a semente do infindável. Revide, resposta, contragolpe na fuça da face da eternidade, e também o único que podemos, na melhor das hipóteses, o único a que temos direito.
Filhos? Dizem que é a melhor coisa do mundo. Eu não me sinto a melhor coisa do mundo, em vista de tanto aborrecimento, sofrido e gerado, tanto faz, não importa o sentido da burrice ou, a origem do absurdo enquanto ato. Embora pareça estranho, a existência age sobre si, de fato, causa e consequência de si mesma. Próprio da dicotomia entre certo e errado, pesa sobre nos a ação de sermos.
Simplesmente.
Se um dia formos seremos. Se um dia fomos, certa noite, ou certa madrugada esquecida, também seremos algo fatalmente.
Diferente para cada vivente, a morte, o fim, o derradeiro suspiro chega pra todos. Anunciado, lento, ou fulminante. Silencioso e manso, adquirido, proporcionado ou tomado emprestado, casual ou harmônico. Morre-se como se vive. Um signo genuíno desde a noite dos séculos.
O único signo que não tem significante. Apenas atribuímos sentido a ela. Eu, ser vivente que escrevo, e você que agora está lendo, não temos a menor noção de como é a vida de um morto. Sequer sabemos como é, de fato, derradeiro momento do desenlace. Próximo instante da vida de todos. Que tanto tememos e tentamos adiar, uns mais outros menos.
Mas por que falar tanto sobre “morte”? Pois a única certeza que temos inexplicavelmente é o que nos faz viver.
Não quero conviver com esse medo. Quero viver. Quero viver. Um corpo sobre uma cabeça.
Não faço questão de apressar seu beijo.
Vitrifico meus sonhos que se gaseificados se volatizam com os primeiros raios do sol.
Quero dar minha polegada de contribuição.
centímetro a centímetro...
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