Say good bye
Continua. Tudo aquilo que
fugiu do pensamento pela rua, fugiu da pena, pela pena. Mas, se não está aqui e
se aqui estivesse e se eu estivesse aqui, talvez valesse. Esse quase azul que
preenche as lacunas, mas agora você está próximo de chorar. Esse desastre dessa
e outras mais complexas. Tudo que você me prometeu sem ver vou arquitetando uma
maneira de dizer, num ponto psico-caótico. Escrevendo a coisa certa sob o crivo
do olhar alheio. Falsificador da poesia para não haver censura redundante em
qualquer ser humano. Temo o dia. E toda falsa alegria. Escrevo pensando em
silêncio agora. Não diga que é o fim, tentando não entender os floreios, mas a
dor encara meu fascínio. Deixa a atadura do tempo esconder o passado. Acende
mais um cigarro. Mesmo cálido e calado seu grito é válido. No desprazer que
abisma, sua alma esvoaça, retarda o tempo, pára. Faz-se ouvir um sussurro. Um
frêmito efêmero frenético dispara. Nas madrugas de terça pra segunda tem sempre
alguém dando a bunda. Água vazando em algum canto me diz que é hora de ir.
Papai Noel sobrevoando Tirana, espiões da Rodésia, terroristas iranianos,
parafernália incógnita e caótica. Grito obsceno do alto onde observo polcas e
mazurcas cantadas. Vendo cego meu mundo barato, tal qual as obras inacabadas. Seja
minha, seja de alguém, do tempo vazio interior da letargia em contraponto com o
tédio. Entrego-me à vida com dúvidas e receios, carta para mim mesmo. Nada de
coisa elaborada. Comer palavra. Nada de redenção nessas, alívio algum. Mas elas
estão aqui. Anjo do próprio demônio. Depois de algumas e tantas tentativas
desse ter limite no mínimo rebelde, a tendência mundial de se abolir o erro.
Minha perda de fôlego é proporcional ao fôlego daquilo que duvido. O erro
define a dor por aquilo o que quase secretamente mística ele propõe.
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