Dr. Fraseado
Agora sim, um nariz de pinguim. Já não andei léguas nem chupei línguas não lambi pregas nem vulvas não peguei as uvas, porque elas estavam verdes. Agora sim não tenho nada a temer, senão a morte. Mas enfim, o quê nos impulsiona a viver, senão a morte? Tópicos, psicotrópicos, adrenalina, barbitúricos, alcalóides, alucinógenos, paroxetina, fluoxetina, efedrina benzedrina, choques de insulina, paroxítonas?, vogais?, paradoxos? Nada faz sentido percebe?, nada significa sem você aí, do outro lado da linha. Faço-te sentir menos sozinha. Quando o encontro de palavras significaria menos do que as tônicas vocais de Artaud evocando um mantra shamanístico. Artaud, pelo que eu entendi, disse-me que Deus nos coloca dentro desse corpo em que fomos obrigados (ênfase nessa palavra) a dar cuidados físicos e mentais, a evoluir entorno da realidade que nos cerca. Mas qual entorno? qual realidade? Em volta de quê senão de mim mesmo? Amor? Não sei o que cada um, nem minha companheira, nem minha mãe, nem a possível pessoa mais ou menos próxima objetiva. A cada segundo, micro-milésimo de segundo, essa contagem inútil, a quântica Teoria do Caos diz que nós mesmos influímos sobre o passado e um dado futuro sobre o qual sou quanticamente incapaz de explicar, não sei, não sei o que é não, sei qual futuro é esse, pois é preciso conceber a matéria metafisicamente. Putz. Não deve ser tão difícil, pensando que os astrofísicos o fazem. Imaginar ser real coisas imagináveis. Inimaginável?, real?, ainda somos escravos da terceira dimensão. Já estamos mandando informações para a Bolas de Valores, através de mega computadores,em velocidade gigantesca. Eu pergunto, existe ainda tempo? Pode ser, mas essa, considero uma das provas irrefutáveis de que o Tempo pode ser programado para ser micronizado. O que a filósofa sul-africana, Ouka Lelee chamou de super-rapid-delay – que traduzido “ao pé da letra” seria super-rápido-atraso, mas perde o sentido do que pretende dizer. Pois é então. Fazer que o futuro chegue logo nem sempre é solução. Quando assim um novo cotidiano se descortina a sua frente, seja de crise ou seja de bonança, sua mente muda. Se você não se despe for dento diariamente, consegue conviver com o próximo. Verdades e realidades mudam. A linha tênue, frágil, quebradiça e retrátil de realidades muda a cada instante e repentinamente bum! Chegou o Tempo, foi-se a hora. Viveu até morrer. Como? Aí mora o julgo divino ao qual Artaud nos alertou. Imagino o mundo sem os mórmons mas não consigo imaginar um mundo sem os Momos e o idiota de aldeia... não seria mundo. Uma saraivada de palmas ao humor.
Comentários
favor não insistir
BOM!
Abraços,
Marcelo.
Obrigado pela visita e pelo elogio. Viva a cultura momesca...
Viva!
abraço
Gustavo
posso pagar amanhã?
mas suas plavras de venusiana já te dão um créditozinho na casa. Sabia que eu sou cavalo de madeira? sou de 78, praticamente um bêbe... os cavalos saem tropeçando pela vida afora, cortando mato, rompendo fronteiras e cercas-arame-farpado, de qualquer jeito chega-se lá. Não de um jeito qualquer.
Some não.
Gus
Mas se vc quer fotos sem óculos, coisa que uso sempre, diga-se de passagem, veja lá:
http://walkyria-suleiman.blogspot.com/2009/06/espelho-fotografia-reflexo-e-ponto-cego.html
aliás foi no mesmo dia da foto do slide show
Sumo não.
Sumô!
belas fotos!
eu pegava...
beijos,
Gus
Olha deixa te dizer que estes dias eu tenho cantado, na minha mente, essa música.... na voz da Maria Be(s)tânia...parece um pesadelo. Agora vejo escrita aqui. É forte, dilacera mesmo esses labirintos. Acabo o dia rodeada de insetos.
E tem aquela...quando vc passa 3, 4 dias desaparecida, subo desço, desço subo escadas....