Quando chegamos do Saara
Depois de viver a vida... No Egito ouvia-se um burburinho, um pequeno boato, um babado sobre um personagem mítico da antiguidade. Estava na boca do povo mas ninguém sabia o que era... Chegamos do Saara (mercado popular do Rio) e nada sabiam sobre Helena. A história apenas começara e Helena Negra já se casou, viajou em lua-de-mel, voltou, sofreu um acidente de barco (mas já se recuperou) e agora vai à Petra, a trabalho. Tristão está fazendo jus ao nome que recebeu de sua mãe. As mães são perdoáveis. Imperdoável é a velocidade com que Ovídio teria que escrever se fossem representar todas essas cenas, em apenas alguns episódios, no Grande Teatro de Atenas, em Atenas. É nessas horas é que se precisa de um bom roteirista. Um indivíduo de imaginação fértil e raciocínio ágil. Sagaz em sua sagacidade, sem pleonasmar ou criar neologismos. Que saibam conservar o modelo matriz de mulher aliado ao saber popular e ao gosto pelo romance e o drama. Homero, talvez, Plínio, Tibério? José de Alencar? Não, Manoel Carlos, o expert das grandes estrelas, criador do arquétipo moderno, grande autor da contemporaneidade. (entra bossa nova...) “sei lá... sei não... só sei que é preciso lálálá...” Repetição de velhas-norvas fórmulas, imbecilização das massas, os olimpianos, Max Horkheimer, Günter Jakobs, o funcionalismo.... Não há nada de criativo nos meios de comunicação.
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