Jung
Elektra. O inconsciente coletivo equivale à uma forte tendência para sensibilizar-se com certos símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos, da mesma forma que animais e homens parecem possuir atitudes inatas, chamadas de instintos, também é provável que em nosso psiquismo exista um material psíquico com alguma analogia com os instintos. Talvez, as imagens arquetípicas sejam algo como que figurações dos próprios instintos, num nível mais sofisticado. Assim, não é mais arriscado admitir a hipótese do inconsciente coletivo, comum a toda a humanidade, do que admitir a existência instintos comuns a todos os seres vivos. O inconsciente coletivo é uma faixa repleta de material representativo de motivos de forte carga afetiva comum a toda a humanidade, como, por exemplo, a associação do feminino com características maternas e, ao mesmo tempo, em seu lado escuro, cruéis, ou a forte sensação intuitiva universal da existência de uma transcendência metaforicamente denominada “Deus”. A mãe boa, por exemplo, é um aspecto do arquétipo do feminino que pode ter a figura de uma deusa ou de uma fada, da mãe má, ou que pode possuir os traços de uma bruxa. A figura masculina poderá ter uma representação num sábio, que geralmente é representado por um ermitão. As figuras em si são os arquétipos, que nada mais são do que "corpos" que dão forma aos conteúdos que representam. O lado feminino positivo da natureza humana, acolhedor e carinhoso. Este mundo inconsciente, onde imperam os arquétipos, que nada mais são que recipientes de conteúdos ainda mais profundos e universais, pessoais subjetivos e conceituais.
Sobre conceitos universais
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