O Grande Prêmio
Tereza se entregava a Guido com a delicadeza das plantas. Quando sorriem na primavera e o sol que brilha e arde lá fora às pétalas de Tereza, dos pés à cabeça. Quando ela sente seu próprio cheio e o vento na varanda. Ao invés do cheiro de velho, cheiro azedo, amargo. Ela não ligava mais. Deixou de dar pra três meninos e passou a ser a mulher de velho, esposa-escrava. A tara de Tereza era se masturbar ao vento. Sem ninguém ver. Vendo os carros passando... nunca se sabia onde o velho estava. Faltava comida na casa. Pepe, ou Estaca, agora estava preso. Todos à procura do grande prêmio que a vida um dia ia lhes oferecer, enquanto seguia. As fontes de inspiração para seu prazer nas tardes em que ardia sem fazer alarde eram várias. Lembrava de cada gesto de cada homem que olhava seus peitos saltados do decote. Trazia do sertão a orfandade de pai. Rezava mas era safada como todo homem, imaginava. Era mais promíscua em pensamento do que santa na realidade diária. Era uma puta-santa prestes a se tornar puta de uma vez. Tereza tinha planos de cuidar do velho, mas conheceu a vida com Esmeraldina, uma putinha do pedaço. Foi por influência dela que vendeu seu corpo pela primeira. Vez por pobreza, por dinheiro. E os finais são assim mesmo, cortados.
Comentários
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bom post!
helena