A nervura do futebol

Afinal, o que é o real?

Morte, vida. Dia, noite. A imagem do medo...
O que podemos dizer com absoluta certeza "o que é real"?
Ou "a" real, "a" realidade, que mesmo sem pronome pessoal de fato, em um só tempo verbal, possa-se dizer diretamente, sem elucubrações subjetivas, sem dialéticos subjetivismos, sem metafísicos transcendentalismos; em linha reta, sem ilações abstratas, como uma bola de futebol professa sua jornada, pudéssemos dizer do que se trata a nervura do real? Compreendendo a meta e a significação correta, o desígnio evidente da palavra (signo representante) como quando certo número de pessoas (interpretante imediato, o observador da imagem, relativo ao fato no sentido energético, emocional e irredutível) na arquibancada de um estádio (onde duas equipes se confrontam, ali naquele momento) levanta-se e grita “gol! ”.
Onde mais, senão no futebol, sendo muito pouco provável quando no exato momento uma bola de futebol   (tenha peso não inferior a 410g e não superior a 450g, e circunferência entre 68 e 70cm, havendo “balançado a rede” adentrando um retângulo de 7,32m de largura por 2,44m de altura - medida oficial de uma bola de futebol para adultos -
seres que supostamente entendem as “regras do jogo) (como costuma-se dizer no jargão futebolístico)poderíamos afirmar com tanta segurança, diante daquele acontecimento, que aquilo não seja “real”?
Mesmo que o aquele objeto “pareça” (qualidade absoluta do signo) que não, ou que o torcedor (de ambos os times) bem como nossos olhos não creiam ou não queiram acreditar... mesmo que o árbitro (autoridade máxima do evento) diga que não, que aquilo não aconteceu, afirmando “impedimento” ou seja lá qual for alguma outra regra desse tipo, diga que não.
Eis a peculiaridade real, total, irrestrita e incondicional de uma partida que, no dia de hoje, 04 de julho de 2014, envolve duas equipes que representando suas respectivas nações que posso dizer indubitavelmente essa é “a” realidade.
além de não poder duvidar que estou escrevendo, além de não poder duvidar que penso, logo existo, além de não poder duvidar que haja dúvidas e tudo pode ser relativo essa “é” “a” (ou “o” seja em qual idioma for) a imagem e a linguagem universal mais próxima que posso imaginar que seja, é ou será realmente real.
Alea jacta est, Brasil e Colômbia se enfrentam. Viva o futebol!

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