redimensinando
completato, chiuso
No início da primavera as
pequeninas orquídeas do serrado florescem em suas "batatas" nas
pedras, longe do alcance do fogo. Parece ser atávico eu querer me refugiar no
alto das montanhas seguindo uma trilha em s ao contrário. A toca onde cabe exatamente
uma pessoa. Parece um grande pequeno útero. Algumas aranhas, embaixo de uma
pedra. O buraco se estende pra dentro onde eu coloco algumas velas e as coisas
pequenas. O calor faz jus ao eufemismo. Pela entrada, olho as estrelas na
amplidão. Observo todo o trajeto da lua. A noite é única, especial. Todos estão
a salvo, aquecidos como pinto e galinha. Cavalinho de madeira corre com a boca
seca e morro acima e se esfola e relincha e segue. Aliás, sabe seguir adiante,
livre e galopante, cavalo sou. Galopa bicho doido, se apruma. Conserva o eixo
nas curvas, segue seu instinto. Sua própria imagem. Deve ser isso. Associado à
força bruta, é um bicho meio “burro”. Pasta, dorme, corre sem solto, sabe onde
vai beber água do riacho, aquecer o pasto, ocupar espaço. Volto a fruir a
Natureza lugar vazio de seres humanos. Do cume observo a Serra do Espinhaço,
sigo em s ao contrário. Uma hora dessas, quebro meu jejum e tenho que descer ao
mosteiro. Pólvora e tabaco.
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