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Hoje costumo
dizer que muito é pouco é muito é talvez até muito pouco. Quantas vozes temos
nós? O sonho dourado do iluminismo não vingou. Hoje sei que a opinião é volátil
ou distorcida. Não sei se temos muita opção, não há para onde fugir. Devo
pastar devo postar devo. Não sei se quero estar em cima ou em baixo. Não sei
quantas vezes a dor foi mais sutil que as palavras. Nem sei como referir-me a
elas, ou eles, não há gênero. Sentimentos... Como saber? Como dizer como são?
Já não sei, já não sei. Como transformar a passagem das horas em momentos bons?
Deve ser assim... quem souber me telefona.
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