carta ao verso, cantiga de amor
Belo Horizontem,
porque hoje é o amanhã.
Dia? Não importa. 15 de setembro de 2014, segunda-feira...
Dia? Não importa. 15 de setembro de 2014, segunda-feira...
Fran,
A madrugada é meu caminho.
Por ela sigo sozinho.
Palavras percorrem vielas e becos
do meu labirinto íntimo.
Ainda que não saibam, vivo-as. Sou-as.
Habito um pensamento que surge ao vê-las.
Habito o pensamento ao desenha-las.
Como fugir não há, seguindo em frente rodopio,
e fazem-me girar.
Ainda resta lembrança do domingo.
Tecendo fios, letra por letra buscam
abrigo na imagem em si mesmas.
Atalhos inventam desvios, mordem pedaço, tentam escapar.
Não existe ordem, não há fim. Assim, de volta me olham
e tombam como no papel sem saber...
Onde abrolha novo panorama?
Quanto tempo se passou?
Quem dirá?
com amor,
G.
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