uma dose de perversidade
Nenhuma compreensão é demais. Aquele que entende é obrigado a aceitar.
[Ano de 380 d.c, século quatro depois de Cristo. Eu era um tosco, um guerreiro bárbaro, sem preceitos morais que adquiri ao longo dos séculos de reencarnações na Terra e aprendizado no mundo espiritual. A faculdade do equilíbrio, a faculdade do amor. Porém, nessa data eu matei, em uma invasão, um ataque bárbaro, uma cena qualquer de crueldade, essa criança de apenas oito anos de idade, a golpe de espada, essa pela qual mil seiscentos e trinta anos depois, me apaixonei e sofri amargamente por essa criança-moça. Um amor perene.]
Novamente tenho que reparar a mim mesmo no sentido ético e no sentido do karma. Essa encarnação atual tem sido cheia de provas de resistência e coragem e às vezes a sua estupidez, assim como a minha, nos cega de índices do acaso de pensamentos de ruínas. Apesar de cada um achar que não, que o seu próprio sofrimento é maior do que o do outro. Já vivemos tantas vidas, já fomos tantos ofícios, tantos tipos e moldamos tantas personalidades. A minha religião é não ter religião, o que, no caso, já é uma espécie de religião ou crença. Considero, claro, que a cada vez que passamos por esse planeta, nos é ofertada a chance de evoluir – ser melhor do que antes. Durante, depois e novamente. Poucos aproveitamos, no sentido de “fazer uso” de certa disciplina moral que queremos seja sempre absoluta e perfeita. A oportunidade de sermos simplesmente “melhores”, do que se sabe do Bem e do Mau, do que é Bom ou Ruim, no trato íntimo e social. Perversidade, traição. Nada que possamos julgar, mas aplaudimos intimamente (ainda que secretamente) aqueles morais, éticos, equilibrados, afetuosos, amáveis. Fugimos do perigo de sofrer más vidas com pessoas indesejáveis. Corremos para o nosso esconderijo. Nove entre dez pessoas são assim. Porém, qualquer discurso para refutar essas palavras é dignamente aceitável. É um direito “sagrado” de opinião, mas creio que um décimo das pessoas que disserem o oposto, estará mentido. Não vem ao caso dizer que "a vida é assim mesmo"... Uma chupada e até a obscenidade pode ser sã. E mesmo a quinta geração de puritanos não entenderá. Talvez nenhuma vaidade material, mas muita vaidade com o Espírito. Morrer é nascer de novo. É como dissolver-se interiormente. Pode ser uma das ideais de transcendência ou ilusões de Alma.
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Comentários
Em comum?! Não ter religião é - também - minha opção, mas já 'escarafunchei' em muitas sendas... em tempo, exponho meu trajeto com mais calma... ;)