Sufocado, perdido, suspenso em lugar estranho. Agora nada ganho com a solidão adjacente. Nada se revela em palavras. Nada vejo por trás da tela. Balela dizer quem me conhece. Eu não conheço nada. Sou o homem detrás da porta. Devo ser terrível, ninguém me suporta. Ninguém resiste por falta de resistência. Sou “pesado” alguém me disse. Galhardia e devoção estão fora de moda. O sábio disse ao “pesado” - drogar-se é uma forma de sacrifício. Um devir humano tornou o pesado mais leve. A doc. disse que eu tenho um quê de psicose. Não sou psicótico nem aqui nem na China, sou o homem de barba. Primeira característica – negar. A francesa disse que minha barba tem cheiro de serragem, madeira seca. Carmencita confirmou e depois me apunhalou pelas costas, alla Bergman, fria e calculadamente. Sozinho diante do nada. Superei obstáculos físicos e mentais nessa última caminhada. “Morreu como herói. Venceu a si mesmo” e a bundinha de nada, o pedacinho de carne sussurra nos meus ouvidos: “idiota, frustrado”. Faz parte da proliferação das massas na indústria da cultura, do cinema e da literatura. Quando a enferma ignorância permanece na linha de montagem. Eu amo demais, mas quem amar? A putandice cruélica levou-me ao celibato. Leve, agora, busco a senda do sagrado. Sabe, sei que viver é amar, perdoar e esquecer. Em comunhão com o hipertexto, a sociedade, as pessoas e a natureza, que apesar dos tigres da ira serem mais sábios do que os cavalos da instrução, sinceramente gostaria de mandar-te um grande foda-se! minha indisciplina cristã, ma mistake de monge. Minha Via Vida pantagruélica pelas frentes, sem fantasia. Vivendo a concreta realidade. Sonhos? sonhos que se manipula com a mão. O poeta passa a ser apenas uma excrescência ornamental dispensável e “pensar” tornou-se um artifício desnecessário. Sou poeta, interesso-me por pessoas. Mortifico-me em saber que você pensa que não existe “amor” – repleto de sin-signos infinitos, infinitamente interpretáveis. O amor existe, mas a juventude ainda não sabe. O sonho está morto até que eu me case e tenha três filhos. Desposar alguém que mereça a mesma atmosfera íntima com que conquistei minha leveza. Ser idiota e/ou ser pragmático? O paradoxo toma de assalto quando menos se espera.



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Tem hora que você respira fundo, pensa, conta até três e os olhos se enchem d’água. Sem medo encaro a multidão, sorrindo. Eu aqui, cheio de pontos. Você aí, cheia de vírgulas. Eu não podia dormir, mas continuei tentando. Quando não pude mais dormir, aprendi a escrever. Na aurora dos tempos é chegada a hora do entardecer das tristezas. Um abraço delicado no plexo. Meu peito às vezes dá umas fisgadas. Observo meu corpo diante do espelho. Por uma fração de segundo vi outro Eu. A carne costurada feito couro de vaca. Você cuida de mim, passa pomada sobre os cortes, coloca as gazes, passa o esparadrapo, sem esquecer-se da estética. A arte é linear. A linha é curva. O vento leve passa por mim. Passarinho pousa em frente à janela. Não tenho certeza de possuir (tirânico, possuir). As multidões querem alguém qualquer pra crucificar. O eterno sábado de aleluia. O dia de encher o Judas de porrada e depois tacar fogo. Já se passaram dois mil anos! vamos lá meu Deus – implora com violência o Teu rebanho. Não sou digno de correr, fico e me pegam. Pensava você não declinaria o meu convite. Então, fico e mais uma vez, mais mil vezes. Hoje tenho os olhos pisados de cansaço. Eu gozaria e dormiria em teus braços você nos meus braços, até sair sem eu saber. Morreremos jovens para sempre. Desculpa essas lágrimas que brotam do nada. O que quer que me possua, ignore. Você me possui mais. Eu sou o vento. Desculpa se te faço gemer e mesmo assim sou passível de profunda averiguação. Lembro que eu nunca existi que eu nunca fui, portanto nunca jamais o era. Estou apenas, na impermanência de todas as coisas. Na língua dos poetas, no bisturi dos estetas e na poeira dos anos e das letras. Sexo café jazz. Deslizo no céu como um sonho. Lambo seu umbigo e ainda discuto contigo sem querer que esse sonho se acabe. Quero tragar a fundo esse Você simbólico e um milhão de sonhos se torna realidade. Não se perca de mim. Sou mais um Ouriço do jogo de croqué da Rainha do País das Maravilhas.

Vem, minha criança.


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E você continuava ali parada, completando todos os espaços. Devassa como a noite. Calma, limitava meus movimentos ao medo e ao desejo, ao mesmo tempo. A hora continua e o tempo não pára. Hoje será apenas depois de amanhã, de madrugada. Tudo que foi não existe mais...
Em comunhão com o hipertexto, a sociedade, as pessoas e a natureza, que apesar dos tigres da ira serem mais sábios do que os cavalos da instrução, sinceramente gostaria de mandar-te um grande foda-se! minha indisciplina cristã, ma mistake de monge. Minha Via Vida pantagruélica pelas frentes, sem fantasia. Vivendo a concreta realidade. Sonhos? sonhos que se manipula com a mão. O poeta passa a ser apenas uma excrescência ornamental dispensável e “pensar” tornou-se um artifício desnecessário. Sou poeta, interesso-me por pessoas. Mortifico-me em saber que você pensa que não existe “amor” – repleto de sin-signos infinitos, infinitamente interpretáveis. O amor existe, mas a juventude ainda não sabe. O sonho está morto até que eu me case e tenha três filhos. Desposar alguém que mereça a mesma atmosfera íntima com que conquistei minha leveza. Ser idiota e/ou ser pragmático? O paradoxo toma de assalto quando menos se espera. Tornou-se um artifício desnecessário. Sou poeta, interesso-me por pessoas. Mortifico-me em saber que você pensa que não existe “amor” – repleto de sin-signos infinitos, infinitamente interpretáveis. O amor existe, mas a juventude ainda não sabe. O sonho está morto até que eu me case e tenha três filhos. Desposar alguém que mereça a mesma atmosfera íntima com que conquistei minha leveza. Ser idiota e/ou ser pragmático? O paradoxo toma de assalto quando menos se espera.


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a b surdo
mudo

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