atravessando a ira de Deus - tempestade de areia
30 de agosto de 1930
Parece
que eu não sou mais eu. Parece que eu não pareço mais
comigo, aquele eu antigo, velho,
morno, pornô, gentil e gélido.
Olho no caco de espelho que trago guardado do outro mundo e, quando falo não ouço minha voz. E nunca Volto eu a ser eu mesmo, mas guardo o espelho com os olhos doendo que é um fragmento, caco de um mim mesmo. Um poderoso artefato do antirreflexo. Eu quebro os cavalos, admiro a paisagem, e na passagem, quebro cavalos.
Ao fim da tarde, uma espécie de superintendência do caos procura uma palavra que poça dançar comigo. Vieram das areias, arredias, noturnas, faceiras, fulas.
Senão a observação delas mesmas, enquanto passo a passo devagar. É preciso guardar um pouco do pó de si mesmo para o outro dia, o dia que seguirei, o dia segue que cego. O dia a dia cego que sigo, o conseguinte, se consigo. Sem ego. Sem nada, senão as formas de âncora e de bigorna que peso e diáfano é o peso também de mim.
Um T atravessado as pedras, segurando meu barco na Tempestade tarde de areia arredia que tenta cruzar ventos cortantes e a força da amplidão do mar de dunas. E ao tempo, torno minhas forças para o sentido que, teoricamente, me as fê-lo trai-las.
Começo a ouvi-la e vê-la com seus treze olhos. Desculpa, mas não é um esloveno vos fala. Ninguém me preparou para isso. Sim, deixo, deixa, deixo disso. Açucena cruzou o abismo eu também consigo. Entro nessa cena sem compromisso de ter-que-ser-forçosamente-aquele, mas ser apenas, e se conseguir eu sobrevivo. Com a mão de duas mãos tornando realidade aguardando a dissipação dos grãos aflitos. Fazem trinta e seis horas que luto contra o vento e não vejo a luz do sol. Amigo, você ainda não conhece uma dessas... isso não acontece todo dia.
A linha é curva. O vento agora é leve. A nuvem de areia se eleva. Um passarinho pousa bem na minha frente numa cena insólita. E a visão agora é tudo que eu tenho, e esse tudo chega a ser minha janela, mas não tenho certeza de possuir (sem o símbolo tirânico da palavra possuir) nada. Somente a mim mesmo nem mesmo disso eu tenho a prova.
As multidões andam querendo um alguém qualquer para crucificar. Já se passaram dois mil anos, e vamos, vamos Deus! – derrama a bestialidade o Teu rebanho. Não sou digno de correr, fico e me explodo. Pensava que eu verbo era irregular? Que declinaria Seu convite. Então fico e me explodo mais uma vez, mais mil vezes.
A calmaria se faz. Acendo um cigarro americano. Aquele dia não imaginava tanto, e hoje, tenho os olhos cansados. Hoje eu cantaria e fumaria e explodiria mais mil vezes como um sapo a fumar mil cigarros e gozaria e dormiria em teus braços até você sair sem eu saber.
Olho no caco de espelho que trago guardado do outro mundo e, quando falo não ouço minha voz. E nunca Volto eu a ser eu mesmo, mas guardo o espelho com os olhos doendo que é um fragmento, caco de um mim mesmo. Um poderoso artefato do antirreflexo. Eu quebro os cavalos, admiro a paisagem, e na passagem, quebro cavalos.
Ao fim da tarde, uma espécie de superintendência do caos procura uma palavra que poça dançar comigo. Vieram das areias, arredias, noturnas, faceiras, fulas.
Senão a observação delas mesmas, enquanto passo a passo devagar. É preciso guardar um pouco do pó de si mesmo para o outro dia, o dia que seguirei, o dia segue que cego. O dia a dia cego que sigo, o conseguinte, se consigo. Sem ego. Sem nada, senão as formas de âncora e de bigorna que peso e diáfano é o peso também de mim.
Um T atravessado as pedras, segurando meu barco na Tempestade tarde de areia arredia que tenta cruzar ventos cortantes e a força da amplidão do mar de dunas. E ao tempo, torno minhas forças para o sentido que, teoricamente, me as fê-lo trai-las.
Começo a ouvi-la e vê-la com seus treze olhos. Desculpa, mas não é um esloveno vos fala. Ninguém me preparou para isso. Sim, deixo, deixa, deixo disso. Açucena cruzou o abismo eu também consigo. Entro nessa cena sem compromisso de ter-que-ser-forçosamente-aquele, mas ser apenas, e se conseguir eu sobrevivo. Com a mão de duas mãos tornando realidade aguardando a dissipação dos grãos aflitos. Fazem trinta e seis horas que luto contra o vento e não vejo a luz do sol. Amigo, você ainda não conhece uma dessas... isso não acontece todo dia.
A linha é curva. O vento agora é leve. A nuvem de areia se eleva. Um passarinho pousa bem na minha frente numa cena insólita. E a visão agora é tudo que eu tenho, e esse tudo chega a ser minha janela, mas não tenho certeza de possuir (sem o símbolo tirânico da palavra possuir) nada. Somente a mim mesmo nem mesmo disso eu tenho a prova.
As multidões andam querendo um alguém qualquer para crucificar. Já se passaram dois mil anos, e vamos, vamos Deus! – derrama a bestialidade o Teu rebanho. Não sou digno de correr, fico e me explodo. Pensava que eu verbo era irregular? Que declinaria Seu convite. Então fico e me explodo mais uma vez, mais mil vezes.
A calmaria se faz. Acendo um cigarro americano. Aquele dia não imaginava tanto, e hoje, tenho os olhos cansados. Hoje eu cantaria e fumaria e explodiria mais mil vezes como um sapo a fumar mil cigarros e gozaria e dormiria em teus braços até você sair sem eu saber.
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