infelizmente não conheço Álvaro de Campos, não conheço a nossa poesia histórica. mas estou aqui, morendo de rir de um filme que trata o existencialismo rsrsr você acha o papagaio autêntico? abs,
>¨<
Anônimo disse…
linda imagem minha fiquei menos distante e inacessível. mais humana com certeza
Anônimo disse…
Peço licença para usar o espaço então.
Estou cansado
Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa)
Estou cansado, é claro, Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado. De que estou cansado, não sei: De nada me serviria sabê-lo, Pois o cansaço fica na mesma. A ferida dói como dói E não em função da causa que a produziu. Sim, estou cansado, E um pouco sorridente De o cansaço ser só isto — Uma vontade de sono no corpo, Um desejo de não pensar na alma, E por cima de tudo uma transparência lúcida Do entendimento retrospectivo... E a luxúria única de não ter já esperanças? Sou inteligente; eis tudo. Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto, E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá, Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
Anônimo disse…
Tem como um papagaio mudo não ser autêntico? Por isso sempre digo, que é o mais surreal de todos.
Existencialismo? No momento, estou em crise, e resta rir disso, é claro!
Abraços também.
Ps.: Veja, a Mulher Maravilha saiu de seu cansaço e deu o ar da graça.
Comentários
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tudo tem importância
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Agora ainda mais.
"Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa".
mas estou aqui, morendo de rir de um filme que trata o existencialismo rsrsr
você acha o papagaio autêntico?
abs,
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fiquei menos distante e inacessível. mais humana com certeza
Estou cansado
Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa)
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
Por isso sempre digo, que é o mais surreal de todos.
Existencialismo? No momento, estou em crise, e resta rir disso, é claro!
Abraços também.
Ps.: Veja, a Mulher Maravilha saiu de seu cansaço e deu o ar da graça.
Fernando Pessoa!
muito bom, muito bom
licença nada,
obrigado pelo poema! sabe,
vou memorizá-lo para poder recitar. Sim sim
abs,
Gustavo
>>>¨<<<
ps: deixa tu Mulher Maravilha.. quando o Homem Invisível te pegar...
... minhas madrugadas são sempre por aqui.