Dínamo da noite esrelada
Smooth
A Pixel me disse que preciso ter um filho, por enquanto eu sou uma ilha.
Ciumenta como ela é nem penso em chorar dores de outro amor e fazer planos com
uma mulher que não existe além dela. Já não sei, eu perco o sono que tanto q
gosto. Seu brilho de mulher de gostosa de fina fofa das artes arteira e até o
tempo passa arrastado. Abre-se e acaba comigo, e nessa novela eu não quero ser
só seu amigo. Não sei mais nada senão senões e porquês, da fina cachaça que eu
tomo. Embriago-me fácil das coisas cotidianas, enquanto desejo e planejo uma
overdose de sensações boas. Queria que não fosse fácil e necessário lembrar.
Que pudéssemos não nos envolver com as lembranças da forma como eu, sangue
latino. Acabo de saber que um amigo querido morreu. Old school da
cidade natal. Sinto muito, muito mesmo. Não tenho como seguir escrevendo sem
registrar a fragilidade da vida. Como reagir contra esse Deus que criamos? quem
vai se perdoar primeiro, Ele ou nós? Deixo gravada na memória essa pagina
descartável. Uma gravação uma fita velha um tape quero por
fogo memória memória por me lembrar certas coisas, me fazer de refém de
lembranças de luto de coisas que mato a cada dia no escuro na madrugada do
banheiro. Quando chego bêbado em casa vejo e não me sinto. No caminho do meu
ultimo refugio de bar em bar. Oficina de coisas e de ócios, desastres que se
perderam esquecidos no caminho. Desatino.
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