Imodestamente
Imodestamente
Imodestamente, lento e sem brilho
Eu chamo isso de medo
esqueci o Mardou – abatedora
de cães cansados da perseguição
jogando cartas na infinita highway
à sombra de um limiar sem fim
e semanticamente contemplo
a voz magricela do gatilho
mosquitos na porta, mão e caneta
associada à peças do infinito
nuvens e tomadas da corrente elétrica e
excentricidades do domingo
encaracoladas na espiral do umbigo
sem o desfecho definitivo
tocando desanimado meu pinto
ontem de tarde, cochilo
eco na catedral do chakra
tórax, e pio de passarinho
palavras no raminho sem espinho
roem meu panfleto informativo
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