Dínamo da noite estrelada
Piratas
Todos a postos. Não há Espaço para vacilar. O mundo se recria em mil
formas. O pensamento se dissolve para se plasmar de juventude, daí recria mil
cores em formas novas, em mil estados de consciência, refletem fragmentos de
luz, o peso das partículas incide levemente sobre mil pedaços. Minha ternura se
reaviva. A tristeza continua guardada como um alarme vermelho, ou a lembrança
de outro eu. É difícil, tem sido difícil viver, conviver, reconstruir. Fui
jogado de volta para o útero materno. Não tive escolha, não tive dinheiro, não
tive pernas e braços fortes para me manter desgarrado do bando. Faltava um leão
quando eu vim morar aqui. Hoje estamos quase completos e completando pequenos
ciclos de vida. Minha irmã, fêmea alfa recessivo da “família” (afinal somos
gângsteres sem Família, somos filhos de imigrantes forasteiros, sem o
corporativismo das colônias italianas e alemãs), ou do bando, vai se mudar. Vai
para um apartamento com sua cria, ou melhor, seu filho. Acho que estou virando
Tio. 30 anos e muitas montanhas pra escalar, muitos rios para seguir, muitos
mares para navegar.
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