algumas raízes do papagaio
papagaio roots
Vou tentar contar a vocês a história do papagaio mudo. no início quando encontrei esse espaço de interface com o leitor e comecei a publicar meus textos, relendo, corrigindo e re-corrigindo, limando, incluindo, enfim, tudo que envolve o processo de criação em termos de “labuta” para se apresentar diante do público.
Bem, existia um papagaio formidável que se comunicava com o seu dono, Juan. transmitia mensagens dizia as horas, memorizou o número do telefone da casa e sabia inclusive contar até dez. o problema é que ele era tímido. só falava com Juan, que passou o maior vexame ao descobrir isso. ele havia convidado todos os vizinhos que ouviam e comentavam que Juan estava “ou falando sozinho, ou conversando com o papagaio” para assistirem uma conversa dele com o bichano. foi quando ele se mostrou tímido pela primeira vez para descontentamento de todos. O papagaio chamava-se “papagaio” e a partir desse dia somou-se a ele por parte dos vizinhos o adjetivo “mudo”. Diziam em extrovertidas controvérsias e contido sigilo e tom de voz O Juan deve estar ficando louco, coitado... dizia a senhora do 304, Não! retrucava o síndico, que ouvia tudo porque morava no 101 com área aberta Ele realmente responde. Dona Joaninha ficava com cara de dúvida, mas tinha que se conter diante do síndico que alegava a veracidade dos fatos.
Esse papagaio me inspirou a dar nome a um sentimento meu. O sentimento verborrágico de vomitar as palavras/sentimentos contidos de verbalizar de vocalizar a qualquer tom e da maneira estrutura e concretude com que elaborava o raciocínio, materializado em metralhadora ambulante, mas que se prostrava diante de uma página em branco. foi quando descobri essa ferramenta útil essa brincadeira gostosa que se chama Blog para despachar na Rede e, de uma alguma forma, no universo, todo e qualquer texto ainda manuscrito q fosse, ainda por criar... em outras palavras “minha fala”. assim eu me libertei da mudez. me libertei do meu alter-ego contido na imagem do dono (Juan da história/eu-mesmo da vida real) que so conversava consigo e resolvi declarar anonimamente minhas paixões e dores e histórias muito mal contadas. No início não sabia q seria tão anonimamente.
Quando voltei para a casa de minha mãe descobri (eu já sabia q aqui havia um papagaio) ele acabou ficando meu amigo, intimo, porem evito de tentar ser o alter ego dele. Nos momentos de minha solidão ele respeita e fica calado.às vezes puxa assunto, também tem necessidade de se comunicar, receber e responder aos estímulos, mas só conversamos quando eu quero. nem sempre tô afim de ouvi-lo.
ele é indeciso, às vezes grita Galoo! e em seguida grita Zeeroo! não ensinaram a ele direito, deram uma má educação ao pequeno, nós não sabemos batizá-lo, ele não tem nome ele é “o papagaio”. Sei que agora ele cantarola alguns standarts porque ouve jazz praticamente o dia inteiro. já sabe vocalizar Round midnight, Body and soul e My funny Valetine. acompanha qualquer música sem sair do tom.
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Bem, existia um papagaio formidável que se comunicava com o seu dono, Juan. transmitia mensagens dizia as horas, memorizou o número do telefone da casa e sabia inclusive contar até dez. o problema é que ele era tímido. só falava com Juan, que passou o maior vexame ao descobrir isso. ele havia convidado todos os vizinhos que ouviam e comentavam que Juan estava “ou falando sozinho, ou conversando com o papagaio” para assistirem uma conversa dele com o bichano. foi quando ele se mostrou tímido pela primeira vez para descontentamento de todos. O papagaio chamava-se “papagaio” e a partir desse dia somou-se a ele por parte dos vizinhos o adjetivo “mudo”. Diziam em extrovertidas controvérsias e contido sigilo e tom de voz O Juan deve estar ficando louco, coitado... dizia a senhora do 304, Não! retrucava o síndico, que ouvia tudo porque morava no 101 com área aberta Ele realmente responde. Dona Joaninha ficava com cara de dúvida, mas tinha que se conter diante do síndico que alegava a veracidade dos fatos.
Esse papagaio me inspirou a dar nome a um sentimento meu. O sentimento verborrágico de vomitar as palavras/sentimentos contidos de verbalizar de vocalizar a qualquer tom e da maneira estrutura e concretude com que elaborava o raciocínio, materializado em metralhadora ambulante, mas que se prostrava diante de uma página em branco. foi quando descobri essa ferramenta útil essa brincadeira gostosa que se chama Blog para despachar na Rede e, de uma alguma forma, no universo, todo e qualquer texto ainda manuscrito q fosse, ainda por criar... em outras palavras “minha fala”. assim eu me libertei da mudez. me libertei do meu alter-ego contido na imagem do dono (Juan da história/eu-mesmo da vida real) que so conversava consigo e resolvi declarar anonimamente minhas paixões e dores e histórias muito mal contadas. No início não sabia q seria tão anonimamente.
Quando voltei para a casa de minha mãe descobri (eu já sabia q aqui havia um papagaio) ele acabou ficando meu amigo, intimo, porem evito de tentar ser o alter ego dele. Nos momentos de minha solidão ele respeita e fica calado.às vezes puxa assunto, também tem necessidade de se comunicar, receber e responder aos estímulos, mas só conversamos quando eu quero. nem sempre tô afim de ouvi-lo.
ele é indeciso, às vezes grita Galoo! e em seguida grita Zeeroo! não ensinaram a ele direito, deram uma má educação ao pequeno, nós não sabemos batizá-lo, ele não tem nome ele é “o papagaio”. Sei que agora ele cantarola alguns standarts porque ouve jazz praticamente o dia inteiro. já sabe vocalizar Round midnight, Body and soul e My funny Valetine. acompanha qualquer música sem sair do tom.
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Comentários
é bem tagarela por sinal.
:)
bjos
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(in memoriam)
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hehehehe
bjos
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beijos
Bundinha, Gus.
Adorei o seu relato-histórico-biológico-complexo-mundo-animal.
Gus, tenha paciência comigo hoje, está bem?
Beijos.
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eu tenho paciência. não se preocupe! obrigado pelos elogios.
beijos,
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